Há clubes que se criam para competir.
Outros nascem para resistir.
O Sport Abrantes e Benfica nasceu para ficar.
Para viver com a cidade e para a cidade.
Para formar jovens, inspirar gerações, unir famílias.
E para guardar — com orgulho e honra — a memória de um povo.
Desde 1916, muito antes de campos relvados e equipamentos modernos, já se respirava futebol nas ruas de Abrantes.
Foi entre amigos, sonhos e vontade férrea que surgiu o então Sport Lisboa e Abrantes, com raízes fincadas nos valores do associativismo, da disciplina e da paixão benfiquista.
Hoje, o nome é outro. Mas a essência é a mesma.
Sport Abrantes e Benfica: três palavras que transportam mais de cem anos de história.
Sobrevivemos às guerras, às crises e às modas.
Vimos gerações inteiras crescerem com a nossa camisola vestida, com os nossos gritos de apoio como banda sonora de infância.
Fomos palco de vitórias inesquecíveis e berço de amizades eternas.
Porque o SAB não é só um clube — é um ritual de passagem, uma família alargada, uma marca emocional gravada na pele de quem por cá passou.
Os nossos troféus mais valiosos não são os que brilham nas prateleiras.
São os que caminham por aí: atletas formados em valores, que levam consigo o respeito, a humildade e o orgulho de terem sido SAB.
No dia 10 de junho de 1916, nasceu em Abrantes um clube que viria a marcar profundamente o panorama desportivo da cidade e do distrito: o Sport Lisboa e Abrantes, a segunda filial oficial do Sport Lisboa e Benfica. Fundado por Francisco Neves, Manuel Luís Ribeiro, João Alves Matias Júnior, Raul Lemos e Manuel Campos Patronilho, o clube assumiu desde cedo um papel de destaque na promoção do futebol e do associativismo local.
O que começou como uma paixão por desporto transformou-se num projeto de vida para gerações de abrantinos. Ao longo de mais de um século, o clube — hoje conhecido como Sport Abrantes e Benfica (SAB) — tornou-se sinónimo de compromisso, identidade local e formação de excelência.
Em 2016, ao assinalar o centenário, o SAB deu início a um processo de resgate e valorização dos seus momentos mais marcantes. Através do contributo de dirigentes, atletas, treinadores e associados, foi possível documentar, homenagear e preservar uma história feita de:
Apesar da perda de muitos documentos e troféus — devido ao encerramento e degradação da antiga sede na década de 1980 —, sobreviveu o mais importante: a memória coletiva de um clube que nunca deixou de ser casa, campo e escola para tantos.
Hoje, o SAB continua a afirmar-se como pilar do desporto abrantino, não só através do futebol — nos seus diversos escalões — mas também pela sua ligação à formação humana e cívica dos jovens. A par disso, mantém vivo o espírito de comunidade, abertura e paixão que esteve na origem da sua fundação.
Olhamos para trás com orgulho. E para a frente com ambição.